Haddad critica aumento de impostos feito por Doria no auge da pandemia

O pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo, Fernando Haddad (PT), pretende rever o aumento de impostos feitos pelo ex-governador João Doria (PSDB) durante a pandemia de Covid-19. “Isso precisa ser revisto. Impostos sobre produtos básicos, alimentação, material de construção e até medicamentos. Imagina, medicamentos durante a pandemia e o governador aumenta o imposto? Acho que algumas dessas coisas terão que ser revistas imediatamente, porque está onerando a cesta básica do trabalhador”, declarou.

“Doria não cuidou dos pedágios e aumentou a cesta básica por causa dos impostos. Veio ainda [o aumento da] a gasolina e o diesel do Bolsonaro. Ninguém aguenta mais pagar o mercado, porque quem é que aguenta esses dois governantes? Você não chega ao final do mês. Oitenta por cento das famílias brasileiras estão endividadas e isso não é diferente no Estado de São Paulo”, completou.

Aumento de impostos – Entenda o caso:

O aumento de impostos feito por Doria ocorreu no final de 2020 por meio de decretos, um deles que revogava parte da isenção do imposto para medicamentos e dispositivos de saúde e impuseram alíquota de 18% sobre esses produtos. Meses depois, para evitar protestos em massa, o ex-governador anunciou redução no ICMS, mas o estrago já havia sido feito.

Com relação aos pedágios, o ex-prefeito de São Paulo manifestou indignação com o fato do ex-governador Doria ter assinado prorrogações por dez anos de contratos que ainda estavam para vencer com concessionárias de rodovias estaduais. “Contratos a vencer em 2028, por exemplo. Isso gera, na minha opinião, uma nuvem de insegurança em relação ao propósito dessa prorrogação. Por que o governador chama a concessionária e, sem nenhuma vantagem para o usuário, prorroga de 2028 para 2038 um contrato que tem seis anos ainda de tráfego?”, questionou. 

Para Haddad, esse é o tipo de coisa que não deveria ser feita. “Não fiz em nenhum momento isso. Nem no MEC, nem na Prefeitura de São Paulo. Jamais utilizei a caneta de prefeito para prorrogar um contrato que ainda não tivesse vencido”, listou. “E também, em ano eleitoral, não assinei nenhum contrato de concessão. Porque acho que em ano eleitoral você tem que esperar o resultado da urna para assumir um compromisso de longo prazo”, complementou. 

Da Redação 

Compartilhe
WhatsAppTelegramTwitterFacebook

+ Mais Notícias

X