Indica, professor! 10 livros que você deveria ler segundo Fernando Haddad

Quando Fernando Haddad fala que “os livros vão vencer as armas” ele não está de brincadeira. E a razão é simples: durante toda a sua trajetória na vida pública, o agora candidato ao governo do Estado de São Paulo sempre contou com a companhia (e influência) de autores que não só o inspiraram a ter ideias inovadoras como abriram um mundo inteiramente novo em sua vida – hoje, ele próprio é o autor de livros que inspiram e fazem companhia para muita gente.

A seguir, você encontrará 10 dessas obras e autores que Haddad considera essenciais para mergulhar em diferentes gêneros e estilos da Literatura nacional e internacional. Confira:

 

1. Poemas, de Vladimir Maiakovski

Um dos principais nomes da literatura ligados à Revolução Russa, Maiakóvski representou o melhor da vanguarda libertária e experimental. O poeta cubofuturista, que chegou a ser visto com desconfiança depois que o regime brutal de Stálin o fez herói, nunca foi um homem de se conformar. Espírito irrequieto e aguerrido, para além de sua pregação revolucionária da primeira fase da revolução, encontramos um artífice talentoso da linguagem, com seus fúlgidos poemas de amor, sua rebeldia selvagem, o uso da linguagem coloquial e experiências radicais de poesia visual.

 

2. O Processo, de Franz Kafka

A história de Josef K. atravessa os anos sem perder nada do seu vigor. Ao contrário, a banalização da violência irracional no século XX acrescentou a ela o fascínio dos romances realistas. Na sua luta para descobrir por que o acusam, por quem é acusado e que lei ampara a acusação, K. defronta permanentemente com a impossibilidade de escolher um caminho que lhe pareça sensato ou lógico, pois o processo de que é vítima segue leis próprias: as leis do arbítrio.

 

3. Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

Na obra, o finado Brás Cubas decide contar sua história por uma ótica bastante inusitada: em vez de começar pelo seu nascimento, sua narrativa inicia-se pelo óbito. Enquanto rememora as experiências que vivera, entre uma digressão e outra, o defunto-autor tece uma série de reflexões sobre a vida e sobre a sociedade da época, com serenidade e bom-humor, e o leitor se surpreenderá ao constatar a atualidade de suas observações.

 

4. História Geral da África

Durante muito tempo, mitos e preconceitos de toda espécie esconderam do mundo a real história da África. As sociedades africanas passavam por sociedades que não podiam ter história. Apesar de importantes trabalhos efetuados desde as primeiras décadas do século XX por pioneiros como Leo Frobenius, Maurice Delafosse e Arturo Labriola, um grande número de especialistas não africanos, ligados a certos postulados, sustentavam que essas sociedades não podiam ser objeto de um estudo científico, notadamente por falta de fontes e documentos escritos.

 

5. A revolução dos bichos, de George Orwell

A Revolução dos Bichos, de George Orwell, se passa numa granja liderada, inicialmente, pelo Sr. Jones. Porém, insatisfeitos com a dominação e exploração e liderados pelo Porco Major, os animais decidem fazer uma revolução. Assim, o inimigo seria aquele que anda sobre duas pernas.

 

6. Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez

Cem Anos de Solidão é uma obra do escritor colombiano Gabriel García Márquez, Prêmio Nobel da Literatura em 1982, e é atualmente considerada uma das obras mais importantes da literatura latino-americana. Essa obra tem a peculiaridade de ser umas das mais lidas e traduzidas de todo o mundo.

 

7. Ficções, de Jorge Luis Borges

Ficções é uma coleção de contos do escritor argentino Jorge Luis Borges, considerado pela crítica especializada uma das obras-primas da literatura latino-americana do século XX. Esta obra obteve em 1961 o Prémio Internacional de Literatura, atribuído por editores de França, EUA, Inglaterra, Alemanha, Itália e Espanha.

8. Budapeste, de Chico Buarque

Narrado em primeira pessoa, combinando alta densidade narrativa com um senso de humor muito particular, Budapeste é a história de um homem exaurido por seu próprio talento, que se vê emparedado entre duas cidades, duas mulheres, dois livros, duas línguas e uma série de outros pares simétricos que conferem ao texto o caráter de espelhamento que permeia todo o romance, e que levaram o professor José Miguel Wisnik a afirmar que se trata de “um romance do duplo.

 

9. Leite derramado, de Chico Buarque

Um homem muito velho está num leito de hospital. Membro de uma tradicional família brasileira, ele desfia, num monólogo dirigido à filha, às enfermeiras e a quem quiser ouvir, a história de sua linhagem desde os ancestrais portugueses, passando por um barão do Império, um senador da Primeira República, até o tataraneto, garotão do Rio de Janeiro atual. A fala desarticulada do ancião cria dúvidas e suspenses que prendem o leitor.

 

10. O terceiro excluído: Contribuição para uma antropologia dialética, de Fernando Haddad

A teoria universalista de Chomsky afirma que é possível nos entendermos independentemente da cultura em que estejamos inseridos. O que explica então o atual surto de incomunicabilidade, em que não parece haver denominador comum para o debate público? O que nos impede de construir um futuro melhor para todos, com menos carências materiais e espirituais?

Neste estudo denso e provocador, Haddad apresenta uma nova contribuição para as teorias da emancipação humana, a partir da qual pode emergir uma abrangente linha de ação política.

 

Da Redação com informações do Notaterapia

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