Salário Mínimo paulista e retomada de 800 obras são prioridades para Fernando Haddad

Retomada das 800 obras paradas atualmente no estado de São Paulo e elevação do Salário Mínimo paulista para R$ 1.580,00. Estes foram os compromissos firmados por Fernando Haddad (PT), caso seja eleito governador, durante o primeiro debate entre os candidatos ao Palácio dos Bandeirantes, na Band, no último domingo (7).

“Estamos aqui para discutir o estado e as propostas que nós temos para cuidar das pessoas. Cuidar das nossas crianças e jovens que não estão tendo a educação que merecem, dos idosos sem a saúde que merecem e dos trabalhadores e trabalhadoras que não têm a segurança que merecem. Nosso objetivo é apresentar propostas pra transformar São Paulo pra melhor, com segurança”, disse, em sua primeira participação.

Salário Mínimo acima da inflação

Focado em mostrar que é preciso dar oportunidades e condições dignas de vida à população para que o estado volte a crescer, Haddad tratou de temas como Saúde, Educação e Infraestrutura. “A maior crueldade que foi cometida nesse País, e é o que está atravancando a economia brasileira, é o reajuste do Salário Mínimo. Bolsonaro deu reajuste abaixo da inflação, quase 5%. E Doria, 10%. Com esse Salário Mínimo do governo federal e do governo estadual você não vai conseguir colocar comida na mesa da sua família. Quero dizer em alto e bom som: para a economia rodar tem que ter comida na mesa do trabalhador. Dia 1 de janeiro, o Salário Mínimo paulista será de R$ 1.580,00”, garantiu.

A Saúde também foi um assunto que mereceu atenção entre as propostas de Haddad. Após o abandono visto nos últimos anos com o governo do estado atual, o candidato apresentou um conjunto de ações para ampliar e qualificar o atendimento em todas as regiões de São Paulo. “As Santas Casas estão quebradas, só tem 35 AMEs no Interior com centro cirúrgico. Você não vai acabar com a fila nunca se não transformar todas os AMEs em Hospital Dia, que é o que eu vou fazer”, disse.

“Nós vamos levar os Hospitais Dia e as UPAs para todo o Interior, fortalecer as Santas Casas, apoiar o Samu. Não vamos deixar fechar portas de hospital e vamos botar ordem na Saúde pública de São Paulo porque o povo trabalha e merece nosso respeito”, acrescentou.

Educação que transforma

Na área da Educação, Haddad também quer instalar por todo o estado uma iniciativa de sucesso que já saiu do papel e transformou a vida de milhares de jovens pelo Brasil. “A nossa proposta é trazer a experiência do Ensino Médio federal pra São Paulo, que é a experiência dos Institutos Federais. Essa é a reforma que o Ensino Médio precisa. Contamos pra isso com a força do Centro Paula Souza, que vai ser reformulado e reforçado, com as Etecs e Fatecs. Teremos parcerias também com o Sistema ‘S’ nessa mesma direção e vamos apoiar os prefeitos sobretudo no que diz respeito à alfabetização de crianças. Uma parcela das crianças paulistas, de 8 a 10 anos, não está alfabetizada”, comentou o professor.

Haddad foi o responsável pela criação do Prouni, Sisu e FIES sem fiador. Ele tem em sua experiência de sete anos como ministro da Educação a prova de que sabe como realizar esses avanços.

Haddad também levou ao debate da Band a sua experiência positiva como administrador da cidade de São Paulo, a maior do País. “Realizei o maior investimento dos últimos 30 anos na cidade de São Paulo, quase R$ 6 bilhões ao ano, e as obras que comecei, todas foram concluídas com o dinheiro que eu deixei em caixa ou com o fluxo de recursos fruto da renegociação da dívida de São Paulo com a União, que caiu de R$ 80 bilhões para R$ 30 bilhões”, lembrou.

Ele ressaltou que a situação atual do estado é bem diferente. “Hoje, São Paulo está vivendo um drama, o investimento caiu 50% em relação há 8 anos em valores corrigidos. Confiscaram professores, cortaram o passe do idoso, cortaram o Leve Leite, aumentaram impostos sobre medicamentos e alimentos. Tem alguma coisa muito errada acontecendo no estado de São Paulo”, enumerou.

Sabesp

Questionado sobre o que pretende fazer com a Sabesp, o candidato a governador foi claro: “Sou absolutamente contra a privatização da Sabesp. Ela não vai ganhar nada e o consumidor menos ainda porque vai ver a conta de água subir e subir muito. As tarifas de serviços públicos no Brasil são mais elevadas do que no resto do mundo depois dos processos de privatização. Sabesp é água e água é essencial. Não se vende o que é essencial”, afirmou Haddad.

Educação e trabalho

Ao final, o candidato citou sua família e mencionou uma lição que trouxe de casa para a vida: “Meu pai diz que uma pessoa precisa acordar e ter um destino e eu conheço dois que são os mais importantes: Educação e Trabalho. Sem educação e sem trabalho não se constrói uma sociedade”.

Da Redação

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