Retomada de obras paradas é solução para gerar emprego em São Paulo, diz Haddad

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (10) que a retomada de obras paradas será fundamental para reaquecer a geração de empregos.

Durante entrevista à rádio Jovem Pan de São João da Boa Vista, Haddad citou o próprio setor da construção civil como um dos primeiros beneficiados com a reabertura de 800 canteiros de obras públicas paralisados. “Você sabe que boa parte delas (obras) é no interior do Estado. Então, isso favorece, inclusive, a descentralização de empregos.”

Haddad afirmou que outro aspecto fundamental é qualificar o ensino médio de São Paulo, hoje de qualidade inferior quando comparado com o restante do País. São João da Boa Vista abriga um dos 37 Institutos Federais inaugurados por Fernando Haddad no período em que o candidato foi ministro da Educação no governo do ex-presidente Lula.

“Quem sai do IF, qualquer IF, sai empregado. Ou seja, você prepara a juventude para aquele tipo de emprego que é de alta remuneração e qualificado, competindo com os melhores empregos do mundo. Então, você tem que ter um ensino médio de qualidade.”

Sistema Estadual de Inovação

Haddad reiterou ainda que o “Sistema Estadual de Inovação” está entre os projetos pensados por ele para São Paulo, com potencial para a geração de novos postos de trabalho. Com o envolvimento de todas as universidades públicas (estaduais e federais), o objetivo é combater a fuga de empresas para outros estados e até para outros países.

São Paulo responde por 40% da produção científica brasileira, o que permite uma série de convênios entre o governo, a área acadêmica e o setor privado. Essa estratégia está no centro do que Haddad pensa como solução para evitar a desindustrialização acelerada do Estado.

“Qual a solução? Primeiro, parar de aumentar imposto. O governo Doria/Rodrigo Garcia aumentou impostos durante a pandemia. Isso favoreceu a guerra fiscal contra o Estado de São Paulo porque os nossos vizinhos, os estados de Minas e Mato Grosso do Sul, reduziram impostos. Nós estamos perdendo empresas para esses estados. Se o governo do Estado entrar fazendo parceria com o setor privado nós vamos manter as empresas de alta tecnologia aqui e aí você vai ver essa juventude surfando aqui no emprego.”

Cultura

O ex-prefeito de São Paulo também falou sobre a importância da cultura como polo gerador de empregos, setor muitas vezes tratado como “perfumaria” e, consequentemente, com menos investimento de recursos públicos.

“Produção audiovisual, de games, uma série de empregos na área do entretenimento. O Estado de São Paulo investe muito pouco na produção cultural, 0,3% do orçamento só. Nós temos que levar para o interior a experiência, por exemplo, da SPCine (empresa municipal de desenvolvimento da indústria audiovisual criada na gestão de Fernando Haddad como prefeito de São Paulo). Assim, os jovens do interior poderão fazer as suas produções, para gerar emprego e renda nas plataformas digitais.”

Da Redação 

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