O veto parcial do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao projeto que estabelece o piso nacional da enfermagem ameaça tirar a categoria do reajuste anual dos salários pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Caso seja eleito, Fernando Haddad quer trazer a luta pelos direitos da categoria para o Estado de São Paulo.
“Nós precisamos voltar a discutir o da enfermagem que foi suspensa pela Justiça ( em decisão do STF por falta de clareza nos custeios ) porque os enfermeiros são a linha de frente do SUS e precisam também se valorizados”, resumiu o candidato do PT ao governo paulista.
A discussão salarial no Estado deve se estender também a categorias como professores e policiais. “Nós atraímos mais jovens para a carreira quando pagamos um salário mínimo melhor em nosso Estado, seja para um policial civil ou para um professor”.
Sabesp e Pedágios
Haddad defendeu que a Sabesp seja um guarda-chuva de investimentos, como PPP, por exemplo, e rechaçou a proposta do adversário de privatiza-la, entregando a água, um bem essencial, para o privado. “A Sabesp é uma empresa estratégica. Se privatizá-la, o que vai acontecer é que em 10 anos, ou menos, vai mais do que dobrar a conta de água, que é um bem essencial”.
Quanto aos pedágios, Haddad explicou como reduzir as tarifas a partir da concorrência pública após o vencimento dos contratos. Ele também comentou a questão da Via Dutra. “Sob a gestão Tarcísio, o pedágio na Dutra só caiu no trecho do Rio de Janeiro, não de São Paulo”.
Haddad também lembrou como defendeu os interesses de São Paulo, quando prefeito, na renegociação da dívida com governo federal, que reduziu em 47 bilhões o débito, o que corresponde a 10 anos em investimentos. “Não vou pensar duas vezes em defender os interesses dos paulistas”.
Da Redação
