Em sabatina, Haddad propõe piso maior para início de carreira de policiais civis e militares e garante pactuação com servidores

Fernando Haddad (PT) participou, na manhã desta segunda-feira (24), da sabatina promovida veículos O Globo, Valor Econômico e Rádio CBN. Durante a entrevista, o candidato falou sobre propostas, como seria sua gestão no estado e sobre o cenário das eleições.

“Estamos muito perto de virar e vencer as eleições. Minha esperança é fazer um governo que conte com 100% dos partidos progressistas, e quero fazer uma aliança com o centro, isolando o centrão”, declarou.

Durante a sabatina, que também contou com participação de repórteres das afiliadas, ele foi questionado sobre dados da secretaria de Segurança Pública que apontam um aumento em crimes violentos no Vale do Paraíba, com 265 ocorrências até agosto deste ano. Dentre outras propostas, ele elenca o aumento do piso dos salários dos civis e militares em início de carreira.

“Nós vamos fazer uma reestruturação de carreira da polícia militar e civil e faremos a vinculação da progressão a um plano de metas. Vamos estabelecer um plano de metas que seja transparente, um plano de carreira que eu vou negociar com a categoria, mas na minha opinião, eu gostaria que o piso inicial fosse maior que o atual. Para atrair bons profissionais precisamos oferecer um bom salário inicial”.

Sabesp

Questionado sobre seus planos para a Sabesp, Haddad voltou a criticar a intenção de seu adversário de privatiza-la, o que aumentaria a conta de água para a população de São Paulo. Para ele, melhorar a governança e fazer da Sabesp um guarda-chuva para parcerias público-privadas é uma das formas de melhorar o serviço sem entregar o bem para um grupo privado. “Nós tivemos uma crise hídrica muito séria e a Sabesp fez um trabalho incrível”.

Reindustrialização

Além de colocar São Paulo na discussão da guerra fiscal – o que daria forças para que uma repactuação nacional fosse realizada – Haddad também chama atenção para a não devolução do ICMS para as exportadoras que atual em São Paulo. “Quando você exporta você não paga ICMS, mas tem direito ao ressarcimento da cadeia produtiva que recolheu ICMS. Este crédito não está sendo devolvido, por isso muitas indústrias estão indo embora”.

Pequeno Agricultor

Com vistas às demandas de grande parte do interior, que possui uma forte vocação para a agricultura, ele criticou o desmantelamento do sistema de suporte técnico rural pelo atual governo, o que acaba deixando pequenos agricultores sem assessoria e acesso a empréstimos, por exemplo.

“O suporte técnico e de crédito ao pequeno agricultor tem que acontecer com agências especificas. O governo estadual desmontou a rede de apoio ao produtor rural. As casas de agricultura foram todas desmanteladas.”, declarou o candidato, afirmando que terras devolutas improdutivas serão voltadas para a produção de alimentos.

Da Redação

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