CULTURA

ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL E FINANCIAMENTO

  1. Criar o Sistema Estadual de Cultura, marco institucional para a execução de políticas de cultura, com capilaridade em todo o estado e participação de amplos setores da sociedade.
  2. Elaboração de um plano estadual de cultura,  com a efetiva participação de agentes culturais, artistas, empreendedores e trabalhadores da cultura;
  3. Implantação de coordenadorias regionais de cultura;
  4. revisão dos sistemas estaduais de museus e bibliotecas, melhorando a infraestrutura e promovendo a integração dos diferentes equipamentos públicos;
  5. Reestruturação e fortalecimento do Conselho Estadual de Política Cultural;
  6. Promover a intersetorialidade e a transversalidade da cultura nas várias áreas do governo.
  7. Ampliar investimento na política cultural e distribuí-lo de forma proporcional por todo o estado, por meio de um sistema de financiamento que combine: 
  8. Ampliação, aperfeiçoamento e diversificação dos programas de fomento, como o ProAC, criando novas frentes de fomento tendo como critério regiões e municípios do estado com menor IDH, além de frentes voltadas às zonas de economia criativa e da cultura;
  9. Linhas especiais de fomento aos municípios mais vulneráveis;
  10. Linhas especiais de fomento a segmentos inviabilizados, como as culturas caipira, rural, negra, periférica, do hip hop, quilombola, indígena, de ribeirinhos, imigrantes etc.;
  11. Fomento a ações e programas para segmentos formadores da cultura paulista como as culturas caipira, popular, rural, negra, periférica, hip hop, funk, quilombola, indígena, de ribeirinhos e imigrantes etc.;
  12. investimento na  formação e qualificação dos trabalhadores da cultura.
  13. Preservar, fortalecer e ampliar o parque cultural paulista, formado por instituições emblemáticas como a OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), a Pinacoteca, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu Afro Brasil e o Memorial da América Latina, por meio de:
  14. Circulação dos corpos estáveis e acervos públicos em mostras por diferentes regiões do estado, em convênios com as prefeituras;
  15. Programação específica dessas instituições em cidades do interior, litoral e Grande São Paulo;
  16. Programa de conservação e estruturação física da rede museológica;
  17. Digitalização e disponibilização dos acervos públicos.
  18. Criação de uma editora digital pública, que edite obras em domínio público e publicações de interesse da administração pública, disponibilizando o conteúdo ao público em geral por meio de uma plataforma online.
  19. Fortalecimento do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT), a fim de reconhecer e valorizar a diversidade cultural de SP, bem como proteger seu patrimônio material e imaterial. 

 

CULTURA PARA O DESENVOLVIMENTO 

  1. Fomentar a indústria criativa e a identidade local, congregando iniciativas para fazer São Paulo se destacar como um “estado criativo”, integrando transversalmente equipes, projetos e ferramentas de gestão a fim de atrair mais investimentos e talentos. 
  2. Mapear a indústria criativa do estado, identificando as diferentes expressões e vocações criativas do território, estabelecendo áreas de atuação de políticas públicas específicas para o desenvolvimento local, aliando projetos de cultura, turismo e desenvolvimento econômico;
  3. Definir zonas criativas de acordo com as vocações regionais, com fomento específico e transversal para o desenvolvimento local. Estabelecer e impulsionar circuitos como o do funk no litoral, do sertanejo no interior, englobando ainda polos gastronômicos, circuitos como o da moda, games ou mesmo zonas de produção de alimentos orgânicos;
  4. Implementar uma política de formação e qualificação de profissionais, artistas, técnicos, gestores e produtores, com a oferta de cursos técnicos em parceria com o Centro Paula Souza, a Univesp e o Sistema S.
  5. Elaborar um calendário cultural integrado ao setor de turismo com festivais, feiras, exposições e outros eventos de natureza pública, privada ou independente. 
  6. Promover em conjunto um programa efetivo de circulação, itinerância dos espetáculos e mostras dos acervos públicos em todo o estado, dando visibilidade a agendas regionais e dinamizando a cadeia econômica da cultura;
  7. Apoiar grandes eventos existentes e potencializar o calendário de festejos populares, induzindo uma agenda cultural que se paute por temporadas como as do Carnaval, do Réveillon, Festejos Juninos, Mês da Consciência Negra e também pela Virada Cultural Paulista;
  8. Incentivar marcos regulatórios locais que incentivem a economia da noite, as políticas locais para o carnaval de rua, o apoio ao turismo ambiental e cultural não predatório, a indução às redes econômicas das culturas periféricas, pontos de cultura e demais iniciativas comunitárias. 
  9. Fomentar o audiovisual por meio da capitalização e estadualização efetiva da Spcine, cujo arranjo institucional já prevê a participação conjunta do governo estadual e da prefeitura da Capital no financiamento em sua gestão. Deve vir acompanhada da:
  10. Criação de film commissions municipais que estimulem a produção local de filmes e gerem renda e turismo nas cidades;
  11. Implantação de rede de cinemas públicos no interior e litoral, em conjunto com os municípios;
  12. Formação e capacitação de trabalhadores para a indústria do audiovisual;
  13. Editais de fomento à produção e à circulação de filmes, games, mostras e festivais por todo o estado.  

 

CULTURA E CIDADANIA 

  1. Garantir que as políticas públicas sejam pautadas pelos valores da acessibilidade, equidade de raça e gênero, com medidas de reparação histórica e de fomento à produção de segmentos marginalizados e socialmente vulnerabilizados As políticas também devem buscar a superação das desigualdades regionais que ocorrem no estado.
  2. Criar políticas integradas de cultura e educação, reformando a política de formação, valorizando os equipamentos e instituições já existentes (como as Fábricas de Cultura, o Projeto Guri, o Conservatório de Tatuí, a Escola de Música Tom Jobim e a SP Escola de Teatro).
  3. Ampliar a oferta e criar novos cursos técnicos nas áreas de artes, games e gestão cultural. 

189.Implementar políticas integradas de cultura e meio ambiente, promovendo a exploração sustentável do patrimônio ambiental com valor cultural e da biodiversidade, como parques, reservas indígenas e quilombolas, além de regiões ribeirinhas e litorâneas, com respeito às comunidades tradicionais e arranjos econômicos locais, e propondo medidas de formação sobre consumo cultural responsável e turismo comunitário. 

  1. Fortalecimento da TV Cultura (Fundação Padre Anchieta), fomentando uma programação mais democrática, com maior veiculação de conteúdos locais e independentes, refletindo a  diversidade de expressões culturais.
  2. Construir uma política de Direitos Humanos tendo a participação social como direito e governança participativa como método, garantindo diálogo permanente, livre, plural, transparente e efetivo em todos os espaços governamentais. 


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